SHOPPING CIANÊ 6 meses depois e nada ainda ?

Passados seis meses do trágico acidente que provocou a morte de sete pessoas, entre elas uma criança de cinco anos, atingidos pelo desmoronamento de parte de um muro onde está sendo construído o Shopping Cianê, no Centro de Sorocaba, as famílias das vítimas ainda esperam a conclusão do inquérito policial que investiga os responsáveis pela tragédia e estão tendo que recorrer à Justiça para ter os seus direitos garantidos. 
Depois de passar pelo trauma de ver as duas filhas e o neto mortos no desabamento, a agente de saúde Terezinha Maria Marquine Airola, 49 anos, está tendo que enfrentar uma verdadeira maratona para ter acesso ao tratamento de saúde e para superar os danos físicos e emocionais causados pela tragédia. Terezinha estava em um carro a pouco metros do local onde o muro desabou e conta que ainda se recorda da cena de seu neto e da filha acenando para ela minutos antes do carro onde eles estavam desaparecer na poeira. "São imagens que não saem da cabeça."
Terezinha conta que até tentou voltar à sua rotina de trabalho, mas não conseguiu e teve que se licenciar. Abatida por uma depressão, ela ainda hoje não consegue dormir sem tomar medicamento. A tensão sofrida também fez com que desenvolvesse uma fibromialgia, provocando dores por todo o corpo. Em fevereiro deste ano, ela conta que a construtora Fonseca & Mercadante, responsável pela construção do shopping, começou a financiar o seu tratamento com uma psicóloga, um psiquiatra e um reumatologista e custear os medicamentos necessários, e também o transporte em táxi. Mas diz que a cobertura do tratamento foi cortada pela empresa, sem nenhuma aviso prévio. "Estou muito decepcionada. Eu tive a minha família destruída e ainda temos que ir na Justiça para fazer com que eles pagem por erro que cometeram." Há cerca de duas semanas, os advogados da família entraram com ações na Justiça para cobrar a indenização para garantir que a empresa se responsabilize por todos os danos causados pela perda dos três parentes no acidente.
Outras história de dor
Essa também foi uma decisão difícil tomada pelo investigador de polícia Eraldo Cleto Alves, 46 anos, que perdeu o filho de 28 anos no desabamento. Eraldo conta que logo depois do acidente, os representantes da empresa os procuraram para oferecer apoio psicológico, mas naquele momento de dor, a opção da família foi se manter reclusa e unida para conseguirem superar juntos a perda e passar por esse momento de luto. Há cerca de um mês, depois da insistência de amigos e familiares, Eraldo disse que concordou em procurar um advogado para que ele entrasse em contato com a empresa para tratar sobre a indenização. "Eu procuro não me envolver com isso, pois é muito difícil mexer com essa situação financeira, o sentimento que dá que é um dinheiro de sangue." 
O que motivou essa decisão, diz ele, é que os responsáveis por essa tragédia, que destruiu tantas famílias, não podem deixar de arcar com o seu erro. Mas a informação passada por seu advogado é que as negociações sobre as indenizações agora estão a cargo de uma corretora de seguros que ofereceu um valor irrisório e não demonstrou disposição para negociar. "Chega a ser revoltante. A única coisa que eu queria era ter o meu filho de volta e isso ninguém mais pode fazer."
O aposentado Samuel Vitorino da Conceição, 52 anos, que também perdeu a filha no desabamento, diz que a sua maior preocupação é o genro, que estava ao lado da esposa no carro no momento do acidente, mas sobreviveu. "Ele está sofrendo muito, entrou em depressão e agora tem evitado falar no assunto. Estamos todos muito abalados ainda." Samuel afirma que a empresa só deu assistência nos primeiros dias após o acidente, mas que agora não recebem nada.
Até o momento, apenas uma das famílias de vítimas do desabamento recebeu indenização por parte da construção, mas o advogado da família informou que ninguém gostaria de se pronunciar sobre o assunto.
Nota oficial
A construtora Fonseca & Mercadante foi questionada, por meio da sua assessoria de imprensa, sobre o motivo das famílias das vítimas ainda não terem sido indenizadas e a suspensão do custeio do tratamento de saúde. Mas de acordo com a assessoria, a empresa se pronunciara apenas por meio da seguinte nota oficial: "desde o primeiro momento, a construtora disponibilizou psicólogos, transporte e o necessário para agilizar cuidados médicos e questões logísticas. Um advogado foi contratado para agilizar o processo de indenizações evitando, assim, os prazos processuais da justiça. Os advogados constituídos pela famílias estão em contato com o advogado da construtora, sendo que um dos procedimentos de indenização já está finalizado".( hummmmmm, bem , se os responsáveis da boate kiss de SANTA MARIA (RS) estão soltos o que dizer deste caso ai  , afinal são 7 contra os 249 mortos na boate.
já se vão 6 meses e nada é concluído, vão dizer que não da pra julgar nada pois o pais está sob protestos nas ruas ,que a emoção não pode prevalecer na hora de decidir a culpa de cada um nesta tragédia ? 
mais fácil é dizer que o clima é culpado ? ou os culpados são as 7 pessoas que ali passavam na hora ?)

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