protesto monstro ontem em SOROCABA

Quem não foi para a rua, fez questão de manifestar o seu apoio dos prédios do trajeto por onde seguiu a passeata - Por: Erick Pinheiro
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O maior protesto popular da história de Sorocaba aconteceu ontem com passeata pacífica pelas principais ruas e avenidas do Centro e parou a cidade por mais de quatro horas. Participaram 15 mil a 20 mil pessoas em todo o trajeto, segundo os organizadores do Movimento Contracatraca e da Guarda Civil Municipal (GCM). Este público superou a maior manifestação até então registrada na cidade, no dia 19 de novembro de 1987, quando a população protestou contra o projeto nuclear da Marinha do Brasil representado pelo Centro Experimental Aramar, localizado em Iperó, onde é desenvolvido o projeto de construção do primeiro submarino brasileiro movido a propulsão nuclear.
Uma grande faixa estendida na amurada do viaduto dos Ferroviários e da ponte Francisco Delosso (ponte da rua 15 de Novembro) deu o tom do protesto: “O gigante acordou!” – uma referência à força popular para lutar por transformações na sociedade. O tom pacífico e o clima de tranquilidade, ao contrário de outros atos no País, foram destaque.
Os manifestantes se surpreenderam com a falta de acompanhamento do protesto por parte da Polícia Militar e da GCM, o que aumentou a responsabilidade dos organizadores do protesto no esforço para conter casos isolados de tentativas de brigas ou vandalismo. Houve dois momentos de contatos diretos, frente a frente, com os guardas municipais. Um deles na entrada do Terminal Santo Antônio, na avenida Afonso Vergueiro, e o outro, na entrada do Terminal São Paulo, na avenida Dom Aguirre. Grande parte dos guardas usava capacetes e cassetetes. Eles formaram três barreiras humanas, com mais de 30 policiais em cada terminal.
Enquanto estiveram parados em frente a eles, os jovens gritavam palavras de ordem: “Você aí fardado, também é explorado”. Um jovem propôs: “Larga o terminal, vamos focar no protesto.” A GCM filmou aqueles momentos. Também sobraram críticas e advertências ao governo do prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB) nos gritos de guerra: “Pannunzio fique esperto, o povo está por perto” e “O povo na rua, Pannunzio a culpa é sua”.
 
Três trajetos
A passeata saiu às 17h da praça Arthur Fajardo (Largo do Canhão) e seguiu pelas ruas Souza Pereira, Álvaro Soares e Francisco Scarpa, passando pela praça da Bandeira, avenidas Afonso Vergueiro, Dom Aguirre, Juscelino Kubitschek de Oliveira, Cesário Mota, e encerrando na praça Frei Baraúna, onde chegaram às 20h45. No trajeto, os manifestantes receberam o apoio de motoristas, até mesmo por aqueles que tiveram a viagem prejudicada pelo trânsito parado.
Durante a passagem da passeata, os dois terminais estiveram fechados e o trânsito foi desviado do trajeto percorrido pelos manifestantes. Na praça Lions, localizada na avenida Afonso Vergueiro, dois grupos, um de 300 pessoas e outro de 100 pessoas, tomaram rumos diferentes. O grupo de 300 pessoas seguiu para a Prefeitura, e o de 100 pessoas, para o quilômetro 100 da rodovia Raposo Tavares.
Um guarda civil municipal que estava na praça Lions, cuidando do trânsito, às 19h, avaliou o público naquele local em 2 mil pessoas, mas deixou claro que estava chegando muito mais gente. Efetivamente, milhares de pessoas desciam pela avenida Afonso Vergueiro, e eram ovacionadas pelas pessoas que já estavam na praça Lions. 
Para quem estava no meio da multidão, a visão, nos trechos de subida, era a de um mar de gente que se movimentava e se perdia de vista. A multidão surpreendeu a estudante e professora Adriana Vaz da Costa, 35 anos, que estuda em Campinas e mora em Guarapuava, no Paraná. Ela estava em Sorocaba porque embarca aqui no ônibus que a leva direto ao município de destino. “Eu não imaginei tanta gente”, afirmou. Momentos antes, ao sair de Campinas, ela tinha visto o início de um protesto naquela cidade.
No fim do protesto, em forma de jogral, os manifestantes disseram que querem a abertura das planilhas da Urbes – Trânsito e Transportes correspondentes aos insumos que compõem o setor de ônibus urbanos, e diálogo com Pannunzio para saber todos os detalhes do aumento que elevou a tarifa de R$ 2,95 para R$ 3,15 (passe social) e da revogação do aumento anunciada anteontem pelo prefeito, na véspera do protesto. Os jovens também protestaram contra problemas nacionais: a PEC 37, que pretende tirar poder de investigação do Ministério Público, e por investimentos na saúde e na educação. “É tanta coisa errada que nem cabe no cartaz”, dizia uma das mensagens.
Também em forma de jogral, os jovens anunciaram os próximos passos: uma plenária de avaliação do movimento na próxima segunda-feira, às 19h, na praça Coronel Fernando Prestes. E hoje, dois protestos na região: um, às 18h, em Votorantim, e outro, às 19h, em Salto de Pirapora. Amanhã também haverá novo ato em Sorocaba, às 17h, em frente à Prefeitura de Sorocaba.
http://www.cruzeirodosul.inf.br/acessarmateria.jsf?id=481103  ( confira mais fotos e vídeos aqui no link)

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