moradores de rua ainda moram em viadutos em SOROCABA













Os viadutos de Sorocaba ainda são locais de moradias para usuários de drogas e catadores de papelão, mesmo oito meses após o prefeito Vitor Lippi (PSDB) ter prometido estudar formas de impedir, com a construção de obstáculos, que isso acontecesse. Como foi noticiado pelo jornal Cruzeiro do Sul, dia 5 de março (Pág A7). Embora tenha adotado algumas medidas, ainda não são suficientes para acabar com o problema, sete meses após a promessa, uma equipe de reportagem foi até o pontilhão Francisco Dell"Osso, localizado na Rua 15 de Novembro, e constatou que ainda há pessoas morando no local. Foram encontrados colchões, garrafas pets, roupas e até uma réplica da Nossa Senhora Aparecida na parede.

Por meio de nota, a Prefeitura informa que a Secretaria de Obras e Infra-estrutura Urbana (Seobe), com o objetivo de obstruir possíveis moradias debaixo de pontes e viadutos da cidade, construiu obstáculos no Viaduto dos Ferroviários, na rua Comendador Oéterer, e na ponte Francisco Dellosso, na Rua 15 de Novembro. Ainda segundo a nota da Prefeitura, os obstáculos foram erguidos nos pontos considerados críticos, que serviam de abrigo a moradores de rua, para ajudar a evitar problemas sociais e de segurança na cidade. A Secretaria de Obras e Infra-estrutura Urbana (Seobe) ressalta que este trabalho é realizado em parceria com a Secid.
 
Irmãos de Americana 
Com roupas sujas, sem tomar banho há três dias e comer há um, os irmãos André e Bruno de Araújo, de 29 e 31 anos, chegaram de Americana SP, no sábado, após pegar carona em um trem de carga e parar em Sorocaba. Bruno, que é usuário de drogas desde os 15 anos, diz que ele e o irmão planejavam ir para Campinas para comprar crack de melhor qualidade, porém, ambos dormiram durante a viagem e acordaram em Sorocaba. "A nossa intenção era parar em Campinas para comprar crack, mas não acordamos e paramos aqui. Agora pretendo achar comida e conseguir dinheiro para voltar para a minha cidade. Eu não queria estar aqui, mas o crack infelizmente fala mais alto", ressalta.

Aparentemente sob o efeito de drogas, André diz não saber o que fazer para voltar para Americana, o que comer até o anoitecer e onde dormir em caso de chuva, apenas ressaltou que dormiu em um bar nas proximidades na noite anterior e que não faz mal a ninguém. "Só estou aqui pela droga, não faço mal a ninguém e não consigo ajuda. Quero voltar para casa."

Algumas pessoas se sentem inseguras quando passam perto de pessoas dormindo nas ruas, essa questão social que envolve moradores de rua, até hoje, é motivo de preocupação. Como Reginaldo Almeida, empresário, que trabalha próximo à rua 15 de Novembro e seus filhos estudam nas proximidades, segundo ele, para não precisar dar a volta pelo pontilhão, moradores têm costume de passar por baixo, bem como ciclistas que utilizam a ciclovia do local. " Várias vezes me deparei com casais mantendo relações sexuais e pessoas usando drogas, especialmente crack. Eu particularmente não tenho medo, mas o maior problema é a questão social e também o risco que mulheres e crianças correm ao passarem por ali", comenta.

A Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria da Cidadania (Secid), ressalta que trabalha diariamente na busca de uma solução para esses moradores. E em relação a pessoas que fazem uso do pontilhão como abrigo, a Secid informa que a "Ronda Social" continua realizando o trabalho na tentativa de retirá-las do referido local. "O objetivo é proporcionar uma moradia digna, com todos os cuidados necessários e segurança. O trabalho da "Ronda" tem sido diário, mas, infelizmente, há resistência por parte das famílias em saírem do local", informa a Secid. 

Pontilhão de Pinheiros 
No pontilhão de Pinheiros a situação não é diferente. Sob o pontilhão há colchões, roupas, papelão. Osvaldino do Espírito Santo, de 47 anos, mora sob a ponte há cerca de três meses e diz que já recebeu ajuda da SOS e das rondas sociais, porém não foram suficientes. "De que adianta eles tirarem você das ruas, e te deixarem em um local por apenas 15 dias? Tive teto, comida e chuveiro para tomar banho durante esse tempo, mas eu pergunto, e depois? Não me deram um emprego e nem confiaram no meu potencial, me tiraram da rua por 15 dias e ainda levaram meu carrinho de reciclável", questiona.
 
Osvaldino explica que foi para às ruas após brigar com a família, mas ainda assim, trabalhava como pedreiro e azulejista, até que uma tendinite fez com que ele tivesse que fazer uma cirurgia em sua mão direita e parar com o trabalho. "Depois que eu fiz a cirurgia, não consegui mais trabalhar como pedreiro, porque se você pega uma obra para fazer, você fica no mínimo 20 dias direto trabalhando, e eu não conseguia fazer isso, meu braço não aguentava. Então, passei a fazer artesanato com folha de coco, vender chocolate no farol e pegar recliclável, até que a prefeitura pegou o meu carrinho e está até hoje com eles. Por enquanto vivo do artesanato e da venda de doces", explica.

Baiano de nascença e morador de Sorocaba há 11 anos, Osvaldino diz que veio para Sorocaba para trabalhar, já foi jogador de futebol, e teve uma escolinha no bairro Vitória Régia, onde ensinava as crianças seus dons com a bola. "Se eu fosse rico, teria um espaço para minha escolinha e tiraria as crianças das ruas. Eu seria do mesmo jeito que sou hoje, não moraria nas ruas, lógico, mas brigaria pelo que é correto. Corro pelo certo, não visto a camisa mas corro, não gosto de patifaria", ressalta. 

"Não seria melhor se o prefeito fizesse um conjunto habitacional para dar para quem está na rua? Tem muita gente digna por aí que está nas ruas porque as drogas levaram para o mal caminho e hoje em dia não tem mais como sair, a droga destrói famílias, ao invés do governo apoiar essas pessoas que realmente precisam, eles humilham e fazem com que elas fiquem revoltadas. A partir do momento que você é tratado com respeito, você vai corresponder, todo mundo é assim. A gente que é pobre não tem nada, só dão valor se estivermos dando lucro para eles (governo)".( as cidades empurram umas pra outras isso sim, ai fica esta situação, e vai se multiplicando, mas fazer algo ninguém faz pq não da lucro e voto.) 

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