a violência das torcidas de futebol retratada nos games.

Se na vida real as torcidas não encontram dificuldades para se enfrentar, na internet isso se tornou ainda mais banal. Um grupo de hackers brasileiros criou uma versão pirata do jogo originalmente chamado “GTA: San Andreas”. Mas, em vez de gângsters cometendo diversos crimes em busca do controle da cidade, o “GTA Torcidas” simula o cotidiano de torcidas organizadas e mostra seus integrantes se digladiando até a morte, em cenas de violência brutal.
A adaptação é facilmente encontrada para download em diversos sites. Para jogar, o usuário precisa ter o GTA tradicional, que pode ser comprado em lojas ou também baixado ilegamente pela internet. Cada jogador controla um torcedor e, online, se relaciona com outros em tempo real. No game, eles vão a jogos no estádio e, principalmente, arrumam confusões com torcedores rivais, invadem bares e enfrentam policiais em batalhas campais.
Em diversos vídeos postados no Youtube, os hackers responsáveis pela pirataria mostram torcedores dos mais variados times do Brasil praticando atos de vandalismo e violência. Em um dos vídeos, eles explicam que a ideia nasceu em um blog e, por meio dele, os próprios integrantes das facções fornecem atualização de roupas, acessórios e até dos ônibus que levam as torcidas.
O GTA original sofreu censura em diversos países. No Brasil, por conta do conteúdo violento e com sexo explícito, é restrito a maiores de 18 anos. Conhecido por dar ênfase a assaltos, confrontos com armas e embriaguez ao volante, o jogo lançará sua quinta versão este ano.
VIDA REAL/ A violência entre torcidas voltou a ser tema de debates por conta de fatos recentes. As mortes de dois integrantes da Mancha Verde, antes do clássico entre Corinthians e Palmeiras, e de um torcedor do Guarani na semana do Dérbi de Campinas, acaloraram a discussão sobre o que pode ser feito para coibir a ação desses fanáticos criminosos.
A predisposição à violência já está presente no indivíduo
Até que ponto os jogos violentos podem modificar o comportamento de uma pessoa e torná-la agressiva também? Essa é a principal discussão em torno de séries como o “GTA San Andreas” e, agora, também o “GTA Torcidas”.
Até que ponto os jogos violentos podem modificar o comportamento de uma pessoa e torná-la agressiva também? Essa é a principal discussão em torno de séries como o “GTA San Andreas” e, agora, também o “GTA Torcidas”.
Segundo a psicóloga Daiane Daumichen, ouvida pelo DIÁRIO, algumas pessoas já têm “a predisposição para o comportamento violento”. Os jogos eletrônicos, no caso, podem apenas “contribuir para despertar aquilo que já está presente no consciente ou no inconsciente do indivíduo”, completa a especialista.
No universo virtual, a pessoa sente a liberdade para externar as emoções que, de alguma forma, ela reprime na vida real.
A psicóloga diz, no entanto, que o fato de externar esses sentimentos não é necessariamente voluntário. A pessoa pode não perceber que está tentando extravasar algo contido nela.
Assim, diz Daiane, pode ocorrer, em alguns casos, de o indivíduo “perder a noção do que é ou não realidade”. Ele se envolve de tal maneira com o jogo, que, quando está na vida real, age da mesma forma como se comporta no game, sem perceber isso.
No caso das torcidas, para a especialista, a imagem em torno do estádio — como um lugar de brigas, de rivalidade, de falta de respeito — mexe mais com a cabeça do indivíduo do que um game propriamente dito.
Opinião
Gilvan Ribeiro,
editor de Esportes do DIÁRIO
Treinamento para a barbárie
A discussão sobre o risco de games violentos influenciarem o comportamento de jovens na vida real é controversa. Embora não haja evidência disso, muitos pais compartilham tal temor. Mas não é essa a questão em relação aos games piratas que simulam batalhas mortais entre organizadas. Pelas redes sociais, é fácil perceber que a maioria dos usuários já é integrante das facções. Assim, os jogos servem como estímulo para a barbárie nos estádios.( o game serve de combustível, não adianta proibir , pois eles tem na pirataria e na net, os de menor jogam a vontade, isso vem da miséria, injustiça social,descontrole de natalidade, banalização da violência.
os mais velhos serevem de referência oas mais novos que tendem a imitá-los.)
editor de Esportes do DIÁRIO
Treinamento para a barbárie
A discussão sobre o risco de games violentos influenciarem o comportamento de jovens na vida real é controversa. Embora não haja evidência disso, muitos pais compartilham tal temor. Mas não é essa a questão em relação aos games piratas que simulam batalhas mortais entre organizadas. Pelas redes sociais, é fácil perceber que a maioria dos usuários já é integrante das facções. Assim, os jogos servem como estímulo para a barbárie nos estádios.( o game serve de combustível, não adianta proibir , pois eles tem na pirataria e na net, os de menor jogam a vontade, isso vem da miséria, injustiça social,descontrole de natalidade, banalização da violência.
os mais velhos serevem de referência oas mais novos que tendem a imitá-los.)
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