outra minicracolândia se forma na região central de SOROCABA.

Uso de drogas acontece em plena luz do dia - Erick Pinheiro
Polícia Militar
Em atenção aos questionamentos da reportagem desse periódico, esclarecemos que o 7º BPMI é a Unidade responsável pelo policiamento ostensivo em toda a cidade de Sorocaba, e vem realizando essa atividade com sucesso e grande eficiência.
A missão da Polícia Militar é proteger pessoas, preservar vidas, combater o crime e fazer cumprir a lei.
Diariamente são estudados os delitos ocorridos e os locais de maior incidência criminal, através de ferramentas de TI, como Infocrim, Copom on line, Fotocrim, entre outras, e por informações colhidas da própria sociedade, como nas reuniões de Conseg, disque denúncia 181, entre outras.
O policiamento ostensivo é direcionado a estes locais buscando a redução criminal, e caso o delito ocorra, aumentam as chances de prisão visto a proximidade do policial com o autor do crime.
No que se refere aos locais mencionados pelo repórter, são locais pontuais com a presença de usuários de entorpecentes, os quais pedem dinheiro nos semáforos para conseguir comprar o entorpecente que será utilizado logo a seguir. Não apresentam indicadores relevantes de delitos.
Cumpre esclarecer que a legislação atual não prevê a aplicação de pena privativa de liberdade aos usuários de entorpecente. As penas previstas são advertência sobre as consequências do uso de entorpecentes, prestação de serviços a comunidade e comparecimento a programa ou curso educativo.
A própria legislação vigente prevê a necessidade de reinserção social dos usuários.
A própria sociedade entendeu que o usuário é uma vítima e deve ser tratada pelo sistema de saúde, e não pela área policial.
Desta forma, fica claro que o usuário de entorpecente não pode ser o mote principal e prioritário no direcionamento das viaturas policiais.
Somente com a junção de todos os atores responsáveis é que será possível reduzir o problema apontado. Atribuir a uma única instituição essa responsabilidade é desconhecer as causas e soluções do problema ou se está agindo de má fé.
O problema se inicia com a desestruturação familiar, afinal, a prevenção no que se refere ao uso de entorpecente se inicia ainda na família. Famílias bem estruturadas tem menos chance de ter filhos envolvidos com entorpecente.
A educação também é fundamental na minimização deste problema. Escola em período integral, escola profissionalizante, matérias voltadas à prevenção, entre outras medidas seriam bem vindas.
Nesta seara, o 7º Batalhão disponibiliza o Proerd, programa de combate ao uso das drogas voltado a jovens, e que desde 1997 até 2013 já formou 150.224 crianças.
Também temos que mencionar a saúde pública, pois, como já mencionado anteriormente, o usuário deve ser tratado como doente, e não criminoso.
Não podemos deixar de destacar que os usuários mencionados pelo repórter, conseguem seu dinheiro pedindo esmola em semáforos. Os que dão dinheiro aos mesmos, achando que os estão ajudando, na verdade estão colaborando com a permanência deles nas ruas, em situação cada vez mais vulnerável.
Ainda nas imediações dessas localidades temos a distribuição gratuita de alimentação, através de algumas igrejas e ONGs, que atraem para o centro muitos dos usuários.
Finalizando o raciocínio, temos a figura do traficante. A responsabilidade para prender os traficantes é de competência da Policia Civil e da Policia Federal.
Mesmo não sendo esta a missão da Policia Militar, este Batalhão apreendeu uma quantidade relevante de entorpecentes, conforme números abaixo.
Somente neste ano, o COPOM atendeu a 480.293 chamadas pelo número de emergência 190, que foram efetivamente atendidas pela PM e os policiais militares realizaram mais de setenta mil abordagens a pessoas, que resultaram em 893 presos em flagrante e 411 adolescentes apreendidos por ato infracional.
Esmiuçando um pouco esses números, tivemos 239 pessoas presas por tráfico, resultando na apreensão de mais de duas toneladas de maconha e setenta e sete quilos de cocaína e crack.
Somente na área central de Sorocaba, neste ano, foram presas cento e trinta e quatro pessoas e vinte e nove adolescentes infratores por delitos diversos, além de dezoito condenados recapturados. Nessa região, foram apreendidos um quilo e setecentos gramas de maconha, quase um quilo entre cocaína e crack e seis armas de fogo.
Semanalmente são presas média de três pessoas por porte de entorpecente. Como alegar que a Policia Militar não está presente ou se furta a tentar resolver o problema? A parte dela é feita, com prontas respostas em toda a cidade.
São presas em Sorocaba, por dia, uma média de cinco pessoas, o que equivaleria a quase lotar a capacidade máxima prevista nos três estabelecimentos prisionais e nas Fundações Casa, existentes em Sorocaba, em apenas um ano.
Ocorre que a legislação branda não mantém estes criminosos encarcerados, recolocando-os nas ruas imediatamente ou em pouco tempo após sua prisão, os quais, em grande parte, voltam a reincidir em seus delitos, agravando a sensação de insegurança da sociedade. E esta sociedade passou, inconscientemente ou conscientemente, a atribuir à Polícia Militar a responsabilidade exclusiva de trazer solução a um problema que é mundial. Se o problema fosse de fácil solução, potências mundiais como os EUA já o teriam exterminado em suas cidades, no tanto, gastam anualmente bilhões de dólares para tão somente controlá-lo.
A atribuição da responsabilidade tão somente à PM evidencia uma visão míope da problemática, não levando em consideração todos os verdadeiros responsáveis pela sua solução. Isto gerará consequências no futuro, quando então, provavelmente não teremos mais tempo hábil de solucionar os problemas, tais as dimensões que tomarão se não tratá-lo de forma ampla.
Apesar disso, a Polícia Militar continuará cumprindo a missão de combater a criminalidade em Sorocaba, retirando do convívio da sociedade, pelo tempo que a lei permitir, as pessoas flagradas no cometimento das infrações penais. (MARCOS ANTONIO RAMOS - TENENTE CORONEL PM COMANDANTE)
( já de a ideia de como resolver, batem cabeça pq querem)
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