policia apertou cerco a manifestantes ontem em SOROCABA

Os manifestantes que saíram às ruas de Sorocaba a partir das 18 horas de ontem foram impedidos pela Polícia Militar de aproximarem-se de rodovias. Tinham o objetivo de chegar na João Leme dos Santos (SP-264), mas nas proximidades do nº 1.500 da avenida Armando Pannunzio eles pararam diante da primeira fileira de policiais militares com o aviso que a partir daquele ponto, a tropa de choque com escudos, cães e cavalos perfilados iriam agir para impedi-los de chegar às rodovias. Protestando com palavras de ordem, cartazes e faixas, eles permaneceram diante dos policiais por cerca de duas horas até quase às 21h, quando resolveram deslocar-se até a praça Frei Baraúna, passando pela avenida General Carneiro. O grupo anunciou que vai fazer uma reunião com usuários da rodovia neste final de semana no Jardim Tatiana, na tentativa de conquistar mais mobilização. Ontem eles reivindicavam melhorias da SP-264 sem cobrança de pedágios e o acesso aos custos da tarifa e contratos do transporte coletivo da cidade.

O trânsito nas vias por onde passavam foram interditados nas duas mãos de direção. O protesto foi de ativistas dos movimentos ContraCatraca, Domínio Público e estudantes da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Estavam em cerca de duzentos, na versão dos próprios manifestantes, enquanto pela estimativa da Polícia Militar, havia cerca de cem protestantes. O número de policiais não foi informado. O militar responsável pelo bloqueio e que comandou o monitoramento do protesto, o capitão Rene Sérgio Calazans, disse que recebeu a determinação para impedir que a passeata chegasse às rodovias, tanto no intuito de garantir a segurança dos manifestantes, como do direito de ir e vir de quem circulava pelas estradas. 

Os manifestantes consideraram a proibição uma situação de repressão, já que entendem compor um movimento social legítimo que ontem ficou impedido de expor as suas reivindicações. "Disseram (os policiais) que tinham que garantir o direito de ir e vir e a gente riu, porque a passagem a R$ 2,85 não garante esse direito", declarou a presidente do diretório acadêmico da UFSCar e membro do ContraCatraca, Mariana Mendes. Do outro lado da rodovia Raposo Tavares, na saída do bairro Jardim Tatiana, outro membro do ContraCatraca, Robson (Binho) Bezerra, disse que estava com outros manifestantes na saída do Jardim Tatiana, moradores do bairro à margem da SP-264, também cercados pela polícia e exaltados com as condições da rodovia em que constantemente ocorrem acidentes de trânsito fatais. Os manifestantes dispersaram-se às 22h, na praça Frei Baraúna, após uma reunião. Vários deles consideraram a passeata positiva por mais uma mobilização em prol da mobilidade urbana. Convidaram os presentes a participarem da paralisação geral programada para vários locais do Brasil no próximo dia 11 de Julho e que também está sendo organizada em Sorocaba.

Um grupo de adolescentes com skates que foram convidados para ingressar na passeata no momento em que os manifestantes estavam diante do bloqueio da Policia Militar passou a arrastar contêneires para as ruas e a pichá-los com tinta branca. Durante todo o trajeto os contêneires, cavaletes e cones de trânsito que eram encontrados acabavam no meio das vias. Na altura do nº 800 da Armando Pannunzio houve despejo de lixo na avenida, que os demais manifestantes empurram para a sarjeta, na intenção de limpar a sujeira. Dessa vez não se ouvia o coro de "sem vandalismo". Os contêneires eram colocados no meio das vias como forma de tentar manter o comboio de viaturas da polícia mais distante. "A polícia está ficando e o povo avançando", ouvia-se de um dos megafones. Novamente houve silêncio ao passar em frente a unidades de saúdes, como na Unidade Pré-Hospitalar Zona Oeste e Hospital Evangélico. Na região central coletores de lixo acompanhavam a manifestação correndo para tentar recolocar os contêneires nos lugares.

Planilha de custos: movimento terá acesso a dados da Urbes
Integrantes do movimento ContraCatraca participam hoje, às 16h30, de reunião com o presidente da Urbes -Trânsito e Transporte, Renato Gianolla, para que tenham acesso às planilhas de custos referentes à tarifa do transporte coletivo de Sorocaba e os contratos firmados com as empresas que prestam serviço no município. A reunião foi solicitada pelo prefeito Antonio Carlos Pannunzio (PSDB), depois de participar de um encontro, ontem à tarde, com quatro representantes do movimento em seu gabinete.

O integrante do ContraCatraca, Wilson Alves, 28 anos, disse que a intenção do movimento, a partir do acesso a esses números, é abrir um debate com o poder público sobre as melhorias devem ser implementadas no transporte público do município. Segundo ele, a planilha poderá embasar de forma mais efetiva futuras reivindicações, tanto no que se refere à redução e gratuidade das tarifas, como em medidas para a melhoria do serviço oferecido à população.
 
Wilson questionou também o valor do subsídio da Prefeitura com o transporte público que, segundo o prefeito, teria sido elevado de R$ 18 milhões para R$ 30 milhões depois que o reajuste foi revogado. "Achamos que essa diferença é grande para uma redução de apenas vinte centavos. Queremos garantir que esse dinheiro não saia de serviços essenciais, mas que seja arcado também pelas empresas", disse.

Na avaliação do Guilherme Riscali, 21 anos, integrante do ContraCatraca, a reunião com o prefeito foi positiva como abertura de diálogo, mas enfatizou que o movimento mantém todas as suas reivindicações que têm motivado as manifestações na cidade. "Esperamos que não fique só nas promessas, mas que a administração municipal realmente esteja aberta para implementar as mudanças necessárias." 

O prefeito Antonio Carlos Pannunzio destacou que o diálogo é a melhor forma de resolver as questões e permitir que o maior número de pessoas possa participar da tomada de decisões. Ele afirmou que está aguardando também um posicionamento do Governo Federal a respeito da desoneração dos insumos que compõem as tarifas do transporte público para que possam ser definidas as ações que poderão ser feitas a partir dessa redução de custos. "Não podemos falar em aumento de subsídio se não soubermos de onde virão mais recursos."
( 200 ou 100 pessoas é muito pouco, tinha de ser mais de 50 mil pelo menos, claro quen a policia a mando dos coronéis de SOROCABA vai apertar o cerco, daqui a pouco vão mandar todos protestarem no meio do mato, onde ninguém vê.
agora sem vandalismo por favor, né ?)

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