justiça de RIBEIRÃO PRETO decreta prisão temporária de atropelador.
A Justiça de Ribeirão Preto decretou na sexta-feira (21) a prisão temporária do empresário Alexsandro Ishisato de Azevedo, de 37 anos, indiciado pelo atropelamento que resultou na morte do estudante Marcos Delefrate, de 18 anos, na quinta-feira (20) durante os protestos em Ribeirão.
A decisão é da juíza da Segunda Vara do Júri e Execuções Criminais, Isabel dos Santos.
Ishisato está foragido desde a noite de quinta-feira. Segundo o delegado Paulo Henrique Martins, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o empresário foi indiciado por quatro tentativas de homicídio doloso – quando há a intenção de matar.
Ishisato está foragido desde a noite de quinta-feira. Segundo o delegado Paulo Henrique Martins, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o empresário foi indiciado por quatro tentativas de homicídio doloso – quando há a intenção de matar.
A detenção é válida por 30 dias, mas pode ser renovada por igual período. A medida, de acordo com o delegado, serve para auxiliar nas investigações.
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O corpo de Marcos Delefrate foi enterrado no fim da tarde de sexta-feira no Cemitério Bom Pastor em Ribeirão Preto. A morte do jovem causou comoção e levou 2 mil às ruas em um protesto pacífico pela cidade na noite passada.
Defesa
Na noite de sexta-feira, o empresário falou por telefone com exclusividade ao G1 sobre o atropelamento que aconteceu na Zona Sul de Ribeirão Preto.
Na noite de sexta-feira, o empresário falou por telefone com exclusividade ao G1 sobre o atropelamento que aconteceu na Zona Sul de Ribeirão Preto.
Ishisato contou que saía do estacionamento de um supermercado no cruzamento da Rua Professor João Fiúsa e da Avenida José Adolfo Bianco Molina na noite de quinta-feira, quando se deparou com o grupo de manifestantes bloqueando o trânsito. No carro estavam apenas ele e a mulher. Segundo ele, os jovens teriam impedido a passagem e chutado o veículo.
O empresário afirma que avançou com o carro sobre a multidão porque teve medo de ser agredido pelos manifestantes, que classificou como bandidos. “Eu estou arrependido, não queria ter feito isso, não queria tirar a vida de ninguém. Isso não é da minha índole. Não era um monte de estudante de verdade, era um bando de bandidos. Só tinha bandidos. Eles gritavam “eu sou bandido mesmo”. Eles davam paulada [no carro], me xingavam. Eu só queria sair dali, longe de mim querer fazer mal para alguém”, afirmou o rapaz.
Um jovem que participava do protesto filmou a confusão. As imagens mostram o carro do empresário parando diante dos manifestantes. Depois de uma discussão, Ishisato engata a ré e passa a ser ofendido por algumas pessoas. Nesse momento, ele acelera o veículo e avança sobre o grupo que estava no meio da rua. O estudante Marcos Delefrate, de 18 anos, morreu no local, vítima de traumatismo craniano. Outras 12 pessoas ficaram feridas, quatro foram levadas para hospitais, e já foram liberadas.
Ishisato fugiu do local sem prestar socorro às vítimas, e desde então está sendo procurado pela polícia. O veículo modelo SUV foi apreendido na casa dele, em um condomínio de luxo na Zona Sul de Ribeirão. Após ser periciado, foi constatado que o carro apresentava marcas de pés e parte do vidro do passageiro e uma lanterna quebrados. O carro foi levado para o pátio da polícia em Araraquara (SP).
O empresário não revelou onde se refugiou com a mulher, mas confirmou que não está em Ribeirão Preto. “Qualquer um que passasse pelo que eu passei, faria a mesma coisa. Eu estou com um corte de cinco centímetros na cabeça e só não fui fazer exame de corpo de delito porque eles vão me prender. Eu não quero ir preso, eu não sou bandido.”
O suspeito diz que pretende se entregar, mas teme represálias por causa da morte do estudante. “Só espero que isso tudo acabe logo. Eu queria me entregar em 24 horas, mas o meu advogado disse que se eu for para a rua vão me linchar. Estou esperando.”( este é o problema em andar de carro em manifestações, aquele atropelador de ciclistas do RS tinha outros caminhos pra seguir, mas queria passar naquele, ai vcs viram o boliche que ele causou .
não sei se ai neste caso tinha outras alternativas de ruas, ele deveria ter ficado parado com o carro até todos passarem, poderia responder em liberdade , mas devido as manifestações, a juíza entendeu melhor prendê-lo mesmo até pra tentar acalmar a cambada.
agora todos gritarem eu sou bandido mesmo ?)
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