sorocabanos ficaram sem ônibus nesta sexta


Por toda a cidade, os pontos ficaram lotados por pessoas que praticamente perderam o dia pela falta de ônibus - Por: Fábio Rogério


O sorocabano foi pego de surpresa logo na manhã de ontem com a paralisação do transporte público, que transtornou o dia de quem dependia de ônibus e travou o trânsito nas vias próximas ao centro e nos anéis viários da cidade. Muita gente teve que faltar ao trabalho e outros tentavam meios alternativos para chegar ao serviço e compromissos. Os pontos de ônibus ficaram lotados e o usuário que chegava aos terminais encontravam os pátios vazios. A suspensão do transporte público prejudicou a locomoção de cerca de 70 mil pessoas entre 8h e 14h. 

A razão de todo o caos no transporte é que os condutores decidiram seguir às 8h até a Câmara dos Vereadores de Sorocaba para protestar e evitar a votação de um projeto de lei que permite à Prefeitura conceder repasse de verbas à Urbes - Transito e Transportes para depósito em juízo em recursos de ações trabalhistas. E conseguiram: a proposta foi rejeitada por unanimidade.

Enquanto isso, nos terminais vazios de ônibus houve confusão com usuários descontentes com a manifestação dos condutores. O mesmo aconteceu nos pontos dos bairros. Muitas pessoas perderam exames médicos, dia de trabalho e escola. A falta de ônibus também teve reflexo nas principais ruas da cidade. Com mais carros do que as vias conseguem suportar, o trânsito ficou congestionado. Na rua Hermelino Matarazzo, principal ligação entre o Centro e a região norte da cidade, o tráfego registrou lentidão, buzinaço e muita irritação de motoristas. A Dom Aguirre também ficou congestionada e até os amarelinhos tiveram que ajudar a disciplinar o fluxo.



Vitor Lippi atacou Ministério do Trabalho, que segundo ele, trata com desprezo a população - Por: Luiz Setti



O prefeito Vitor Lippi (PSDB), assim como a sociedade, também foi pego de surpresa com a paralisação dos motoristas do transporte coletivo de Sorocaba, na manhã de ontem. Ele disse que a impunidade foi a principal responsável por essa situação. "O maior responsável por isso é o Ministério do Trabalho, que trata com desprezo a população, quando deixa de exigir responsabilidade dos sindicatos que trabalham em setores essenciais. O que aconteceu hoje (ontem) foi um abuso de poder", diz. Lippi afirmou, indignado, que a cidade não pode ficar refém de um grupo de trabalhadores que, a qualquer momento e por qualquer motivo, decide parar o serviço essencial de transporte à população para reivindicar direitos que, segundo ele, não têm nada a ver com questões trabalhistas.

O prefeito destacou que a paralisação de ontem foi inconsequente, de caráter político e de total falta de respeito com o cidadão sorocabano, o principal prejudicado com o problema. "É uma politização, eles não estavam defendendo interesse nenhum, de trabalhador nenhum, foi apenas para demonstrar força e mostrar que eles fazem o que estão com vontade, como se fossem donos da cidade. E o que é pior, trazendo um grande prejuízo à população, desrespeitando a vida das pessoas, das gestantes, das crianças, das pessoas que perderam prova, perderam cirurgias, consultas, exames. Isso é inaceitável!", dispara.

Ao ser perguntado sobre qual a opção da Prefeitura para combater esse tipo de ação, Lippi foi claro: "Infelizmente, essas pessoas têm o poder de, simplesmente, parar a vida das pessoas. E o que eu posso fazer? Inventar ônibus? Os caras vêm com ônibus aqui, tiram as chaves e o que é que eu vou fazer? Arranjar 300 ônibus em cinco minutos em outra cidade?", questiona. "Vou te dar um exemplo: Se os metroviários param o metrô, o que é que o governador vai fazer? Vai arranjar outro metrô? Não tem como!", exemplifica.

Durante a entrevista, o prefeito mostrou-se extremamente irritado com a situação. "Volto a dizer, a culpa é da falta de punição. Será que eles não vão 
pagar nada, será que não vai ter nenhuma ação contra eles? Nós vamos assistir impassíveis a isso?", desabafa. Lippi também não soube dizer qual ou quais foram os motivos que levaram os vereadores que apoiam o Executivo a votarem favorável ao arquivamento do projeto, que pedia a autorização do repasse de R$ 1 milhão à Urbes - Trânsito e Transportes. "Eu os orientei a votar contra o arquivamento. Não votaram... problema deles", acentua, dizendo que irá cobrar da bancada da situação uma postura a respeito.

O dinheiro seria destinado à Urbes para que a empresa pública pudesse fazer o depósito como garantia para defender-se da decisão que deu ganho de causa aos ex-funcionários da TCS, em segunda instância, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas. "Não tenho dúvida de que nós vamos ganhar. Só que eu preciso fazer essa caução, mas a Câmara Municipal omitiu-se hoje (ontem). Se não resolvermos isso, vamos perder os prazos, e o município vai ter um prejuízo entre R$ 20 e R$ 30 milhões. Estou fazendo isso porque é minha obrigação defender o erário público e deixei isso claro para os vereadores", ressalta.
 
Sem culpa 
Lippi explicou a situação da Urbes. Segundo ele, quando a Urbes interveio na concessão da TCS, em 2008, todas as dívidas trabalhistas anteriores não seriam de responsabilidade do poder público. No entanto, um grupo de aproximadamente 800 ex-funcionários entrou com ação contra a empresa e contra a Urbes. "Nós ganhamos aqui em Sorocaba, mas os trabalhadores recorreram em Campinas. Só que lá, metade dos juízes deu ganho de causa para a Urbes e a outra metade para os trabalhadores, então, agora, temos de recorrer da decisão de 400 processos." Lippi fez as contas e disse que para recorrer em cada processo, a Urbes precisaria da ajuda da Prefeitura porque não tem todo o dinheiro em caixa para fazer a caução, por isso solicitou o aporte de R$ 1 milhão para defender-se. ( faz anos quen a URBES não consegue andar com as próprias pernas,tem busão novo, mas não consegue pagar estes antigos trabalhadores que querem receber o seu, e quem toma na cabea é a população)

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