pais perdem a guerra contra o crime que adotam seus filhos cada vez mais cedo.

 Enquanto esperava no Plantão Policial Norte para assinar o boletim de ocorrência com o nome do filho, uma empregada doméstica,  que optou por não se identificar,  se dizia indignada e chocada com a postura do filho. “Fico pensando onde errei, sabe. Trabalho duro e nada falta, nem amor, nem educação.” 
Assim como ela, os pais de centenas de adolescentes de Sorocaba envolvidos com o tráfico de entorpecentes se sentem perdidos, avalia a psicóloga infantil Maura Pereira. “Não há uma fórmula mágica e os pais sentem que falharam na missão de educar. Muitos nem imaginam que o filho está no crime”, explica. 
De janeiro a julho deste ano, os casos deste tipo registrados em Sorocaba cresceram 66% em comparação ao mesmo período de 2012. 
E a mãe de uma menor de 17 anos sentiu exatamente isso na  semana passada. A filha, que está matriculada em escola particular, usava o horário letivo para vender drogas em frente ao Cemitério Consolação, bairro da Vila Haro.  Ela foi apreendida pelos guardas civis municipais da Romu Rosivaldo, Picoli e Renato Martins. 
Para eles, a menor contou que  ao descobrir que o tráfico era lucrativo, não teve dúvidas e fez a troca. Sua mãe estava na igreja quando foi avisada da situação. “Desconfiava que tinha algo errado com minha filha, mas não esperava que chegasse a este ponto”, relata aos GCMs. 
Pela experiência da Guarda Civil Municipal –  corporação de Sorocaba que mais apreende adolescentes – a grande maioria só descobre a verdade sobre os filhos no momento de registrar um flagrante.
Pais não conseguem crer que filhos se envolvam com crime
“Meu filho sempre sai este horário, mas achava que ele estava só passeando com amigos”, diz a mãe de Abner Fernandes da Silva Marques, 21 anos, aos guardas civis municipais da Romu Barbato, Picoli e Rosivaldo, que flagraram seu filho na  semana passada com Paulo Henrique Favioli dos Santos, 18, vendendo drogas na Praça Ilma Pereira de Carvalho, bairro Cajuru. 
Além das dezenas de porções de drogas, Abner estava com o celular que trazia fotos suas com revólveres de calibre 38. 
“Geralmente a família é pega de surpresa por achar que o filho não é capaz deste tipo de coisa, mas o traficante consegue levar até mesmo um jovem de boa família para o crime”, alerta o subcomandante da GCM, Ezequiel de Oliveira. 
Neste ano, mais de 360 menores foram flagrados no tráfico por guardas  municipais. “A maioria deles é  de famílias de pais trabalhadores”, complementa.
Pelas ocorrências registradas, nota-se que a faixa etária mais aliciada para o tráfico é de 11 a 19 anos. “Estes jovens creem na ilusão vendida pelo traficante de um futuro promissor ganhando seu próprio salário, com poder e proteção”, avalia o subcomandante da GCM. Ezequiel  finaliza com um recado: “Pais, amem seus filhos. Cuidem bem e os acompanhe, pois se vocês não fizerem isso, algum criminoso irá fazer.”
Cuidados importantes
Fique de olho nas coisas dos filhos
Se chegarem em casa com objetos estranhos, de muito valor ou com dinheiro, desconfie. Faça perguntas e busque saber a real origem de tudo, não acredite em presentes ou trocas.
Acompanhe de perto a rotina escolar
Sempre consiga um tempo para conversar com professores, orientadores pedagógicos e diretores; muitas vezes seus filhos podem estar faltando ou apresentando mudança de comportamento sem que você saiba.
Previna-se e busque orientação
Escolas e instituições de segurança pública possuem material de orientação sobre o que fazer em muitos casos de envolvimento com o crime. Busque informações para saber prevenir ou lidar com esta condição.
A palavra e a atenção são importantes
Não se afaste da vida de seu filho, procure saber onde ele vai, com quem anda. Sempre converse e saiba ouvir. Carinho familiar e tempo de qualidade juntos podem fazer a diferença.
Nunca duvide de sinais e alertas
Se notar qualquer coisa diferente no comportamento deles, investigue sem medo.
entrevista: Ezequiel de Oliveira – Subcomandante da GCM
Sensação de impunidade é fator marcante
Subcomandante da Guarda Civil Municipal, Ezequiel de Oliveira, fala um pouco mais da experiência da corporação.
A GCM patrulha ao redor de escolas, em praças também. Qual é o perfil destes jovens aliciados pelo tráfico?
Se eu dissesse um perfil exato, estaria errando. O que posso afirmar é que alguns apreendidos estão usando o uniforme da escola, por exemplo. Este ano tivemos cinco crianças (menores de 12 anos) flagrados no tráfico. O bandido não está preocupado, ele tira os estudos, o convívio familiar e acaba com a vida deste jovem. Tudo para obter o ganho dele.

Como é lidar com estas famílias?
Os pais se sentem sem chão  por não saberem onde buscar ajuda. Se o envolvido com o tráfico não é usuário de drogas, está muito perto de se tornar. 
Qual a maior dificuldade em impedir que os menores voltem para o crime?
A sensação de impunidade. Percebemos isso nas ruas. Este é um fator marcante, pois o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) passa isso para eles. Temos casos de menores apreendidos até 11 vezes, que voltam às ruas.
MAIS
Crescimento lamentável
O advogado Indalécio Alves, presidente da Comissão de Cidadania e Ação Social da OAB , promove o projeto “OAB Vai à Escola”. Ele comenta que, “lamentavelmente, é grande o índice de drogas envolvendo alunos”. Segundo Indalécio, há uma necessidade de uma melhor sintonia entre os pais e os professores para que um ajude o outro a prestar atenção no comportamento da criança e do adolescente.
Projeto OAB Vai à Escola
Entre os temas abordados pelo projeto estão “Direitos e Deveres do Adolescente” e “Drogas”. O trabalho também orienta os pais  para que criem uma boa sintonia com seus filhos, fiquem atentos e sempre os acompanhe.
289 atos infracionais de tráfico foram registrados, até o momento,  este ano
Mais conscientes
O advogado Indalécio crê que os menores precisam ser mais firmes em suas decisões. “É necessários exercer o poder do não, como recusar convites que não vão gerar boas consequências”, conclui.( pois é faz filho pra que ? pra depois deixar a rua criar ? 
é preciso acabar com este negócio de de menor, 3 aninhos em fundação casas não consertam estas criaturas, deixa mais tempo, precisa acabar o machismo no BRASIL, esta coisa, de ah ele é homem, ah ele sai com amigos, ah ele busca auto-afirmação , mas que maldita auto-afirmação é esta ?)

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