PABLO HENRIQUE DIAS, diz que tocou fogo em ônibus, devido a uma discussão com motorista
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O vendedor Pablo Henrique Dias Gomes, de 19 anos e que era procurado por ter incendiado um ônibus no Jardim Bonsucesso, região do Vitória Régia, se apresentou na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) na segunda-feira e está preso. Ele confessou que incendiou o ônibus, mas negou ter agido sob ordem de qualquer facção criminosa.
Pablo disse que discutiu com um motorista no mesmo dia, 23 de novembro, e por isso ele e mais três jovens atearam fogo no coletivo da empresa Consórcio Sorocaba. O acusado liderou o grupo, como mostram imagens da câmera do ônibus, analisadas pela Polícia Civil. Pablo não disse os nomes dos que praticaram o incêndio criminoso com ele. O fogo foi ateado com álcool que compraram num posto de combustível, mas não se alastrou por todo o ônibus. Atingiu 11 bancos fabricados com material antichama. De acordo com a versão de Pablo à polícia, ele e alguns amigos costumam ficar no ponto final do ônibus e isso incomodou um motorista. Teria havido discussão. Por vingança, Pablo decidiu pôr fogo num ônibus, mas não seria o do motorista com quem brigou. No dia 23 de novembro, uma sexta-feira, e em dias anteriores circularam boatos em Sorocaba de "toque de recolher" e que haveria ataques do crime organizado. Diretores de escola suspenderam aulas e muita gente foi para casa mais cedo, à noite. Os boatos se intensificaram justamente no dia 23. Coincidência? A discussão entre Pablo e o motorista não foi confirmada pela Polícia Civil. A versão dele deve ser confrontada com a desse profissional, se realmente a briga existiu. O delegado Acácio Aparecido Leite, da DIG, disse ontem que vai pedir à empresa de ônibus os nomes dos motoristas que fazem a linha a fim de verificar se é verdade ou não o que declarou Pablo. O acusado trabalhava havia um mês como vendedor numa loja de sapatos no centro de Sorocaba e morava com os pais no Parque Vitória Régia. Ao saber que o filho estava envolvido no incêndio ao ônibus, os pais o convenceram a se apresentar à polícia. Pablo compareceu espontaneamente na DIG, com advogado. Apesar de Pablo não relacionar o ataque ao ônibus com ordem do crime organizado, o delegado não descarta essa possibilidade. As investigações prosseguem, inclusive para identificar os outros três autores do incêndio. Nas imagens, Pablo aparece com uma arma, com que rendeu o motorista, o agente de bordo e uma passageira. Ele disse que a arma era uma réplica, que jogou depois num contêiner de lixo. Pablo também negou a participação em incêndios a outros ônibus, em Sorocaba e Votorantim. Há suspeita de que teria participado no ataque a um ônibus na rua Otto Geissler, próximo ao Plaza Shopping Itavuvu, e a outro no Jardim São Lucas em Votorantim. Mais seis ônibus foram queimados na garagem da antiga empresa Transporte Coletivo Sorocaba (TCS), no Jardim Betânia, em Sorocaba. O total de ônibus queimados foi de nove. Desordem pública A previsão é de que Pablo fique preso pelo menos até a fase final de instrução do processo. Ele é acusado de incêndio criminoso (artigo 250 do Código Penal) com agravante de ser em veículo de transporte público, o que aumenta a pena de 3 a 6 anos de prisão em um terço. O juiz Jayme Walmer de Freitas, da 1ª Vara Criminal e que autorizou a prisão preventiva de Pablo, entendeu que o fato trouxe prejuízo à ordem pública. Pablo teve passagens na polícia quando era menor de 18 anos. Foi detido por tráfico de droga, roubo de carro e de residência. Na Fundação Casa de Franco da Rocha, participou de motins entre junho e agosto do ano passado. ( discussão com motorista ? foi este o motivo de tudo isso ? uma discussão boba, banal, gerou este incêndio, mas se este foi o motivo pq ele incendiária outros coletivos inclusive o de VOTORANTIM. ?) |
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